domingo, 25 de janeiro de 2015

Anime: Clannad

Oii!
Galera, tô aqui no finalzinho do domingo, recém chegada do trabalho e cansada pacas, mas com muito orgulho, por trazer hoje a resenha de um anime muito top! =)

Comecei a assistir Clannad sem muitas expectativas, após encontrar o link por acaso entre os comentários de outro anime (gente, eu vejo um anime atrás do outro e a grande maioria nem é citada aqui no blog, porque se fosse eu ia morrer escrevendo). Nos dois ou três primeiros episódios essa light novel da Key nem me empolgou tanto, mas assim que comecei a prestar atenção na história doce e aparentemente simples, viciei. Clannad está simplesmente acima de qualquer crítica rasa.


Há uma clara diferença entre a primeira temporada e a segunda, After Story. A primeira começa quando o protagonista, Tomoya Okasaki - um garoto, digamos assim, meio baderneiro e que não tem uma relação muito boa com o pai alcóolatra -, se dirige mal humorado para o primeiro dia de aula e no caminho conhece  a meiga Nagisa Furukawa. Ao saber que, por ter uma saúde fraca e ter repetido o último ano ela não está conseguindo se enturmar, Tomoya quebra as próprias regras e não só se aproxima da garota, como a ajuda a realizar seu maior desejo na escola: Reabrir o clube de teatro. Com um clima leve e tipicamente colegial nessa primeira temporada, porém com belas doses de drama, conhecemos um pouco as vidas dos amigos de Tomoya e Nagisa, as histórias por trás dos comportamentos de cada um deles. Também é nessa temporada que somos apresentados aos pais de Nagisa, Sanae e Akio (sem dúvida a família mais bonita, unida e divertida que já vi em um anime). Os outros personagens também são carismáticos e com personalidades bem distintas (a menina Fuko é simplesmente apaixonante), mas desde o início fica claro a quem essa história pertence. Nagisa e Tomoya são oficializados como casal nessa primeira temporada, e a segunda fase é totalmente deles.




E é nessa segunda fase, After Story, que o tom do anime muda. Apesar da comédia aparecer ainda em alguns momentos, a trama ganha mais seriedade ao mostrar os graves problemas de saúde de Nagisa e também ir um pouco mais a fundo no conflito de Tomoya com o pai. Também é nessa parte que os personagens se formam na escola, e surpreende ao mostrar o amadurecimento de Tomoya, mas não como um gênio estudioso, como acontece na maioria dos animes. Pelo contrário, ele não entra em nenhuma faculdade, começa a trabalhar duro como eletricista e passa a morar sozinho em um pequeno apartamento, com total apoio de Nagisa e não é censurado pela opção de não estudar mais. Também é nessa fase que os dois se casam - e foi particularmente aqui que meus olhinhos feministas brilharam. Akio, um pai assumidamente ciumento, trata o futuro genro com todo o respeito e, quando este pede a mão de sua filha, ele responde que essa é uma decisão apenas dela. Já casada com Tomoya, Nagisa diz que precisa arranjar um emprego e, quando ele a questiona, ela diz que não pode ficar sem fazer nada, mas que também não pretende descuidar dos afazeres domésticos. E é aí que a magia acontece: Tomoya diz a ela, com naturalidade, que também vai fazer as tarefas da casa, e que apenas ficou preocupado com a saúde dela. Percebem? O nível de maturidade do casal é admirável para pessoas tão jovens (e diferente de quase tudo que se vê em histórias assim). E o toque feminista do anime não para por aí: Quando a frágil Nagisa fica grávida, seus pais e Tomoya a questionam se ela quer mesmo se arriscar para ter o bebê, sem tratar o aborto como um tabu e nem tentar influenciá-la de alguma maneira. Ela não tem dúvida de que quer ter a criança, e suas decisões são acatadas sempre, tanto pelos pais quanto pelo marido. De manter a gravidez à forma de fazer o parto, a escolha sempre é da Nagisa, e ver um direito tão legítimo da mulher ser respeitado nesse anime foi algo que realmente me comoveu. É assim que as coisas devem ser.




No entanto, nessa fase ainda estamos bem longe de um final feliz - e para quem quiser assistir, já aviso que a partir do episódio 16 vocês vão chorar muuuuuito. É incrível a capacidade que Clannad tem de encher nossos olhos, e ao mesmo tempo de partir nosso coração. Simplesmente um dos animes mais lindos que já tive a honra de assistir. E a trilha sonora lindíssima é a cereja do bolo, combinando com a história e dando a ela o clima certo para cativar e ser apreciada.


Uma história simples e realista, que consegue nos envolver e nos fazer refletir sobre várias coisas. Assistam.



7 comentários:

  1. Nossa!
    Eu vi esse anime meses atrás e te confesso que, no começo e até a o começo da segunda temporads eu achei um PORRE! Maçante, com personagens irritantes e uma lenga-lenga infindável. E realmente a trama é assim(principalmente a primeira temporada) e eu estava fazendo um esforço sobre humano para assistir tudo porque sempre diziam que era uma obra boa que me faria chorar muito (eu tinha minhas dúvidas á medida que assistia porque achava tudo muito simplório e clichê de anime) e eu odiava a Fuko-chan. Sério vejo todo mundo gostar dessa menina mas ela era um porre! Incoveniente, insistente, chata. Não importa se era por uma boa causa que ela entregava as estrelas eu tinha vontade de enfiar aquelas estrelas no c* dela e mandá-la para a próxima reencarnação.

    Mas quando eu estava quase desistindo do anime...o casal decidiu morar junto. E ai mano...mano...mano! Que POHA DE HISTÓRIA DE VIDA FODA! Foi a primeira vez que eu vi um anime com uma temática da realidade da vida tão adulto, realista e fantástico! Chorei feito um bezerro desmamado em várias partes. O que mais gostei foi a forma como o protagonista aprende a conviver com a filha, procurando superar a dor da perda e amadurecendo como homem, pai e principalmente, como filho. (chorei horrores na cena em que ele lembra que o pai, que ele sempre criticou, na verdade foi um pai excelente na infância dele).

    * alguns spoilers *

    Eu gosto da Nagisa porém achei a atitude dela de ter o bebê em casa inteiramente estúpida. Tudo bem que no final o destino causou isso, mas querendo ter o bebê em casa ela foi totalmente imatura e egoista consigo mesma. Porque ela somente pensou no desejo de ter a criança na casa, mesmo tendo total consciência de que era uma gravidez de alto risco e o coração dela não aguentaria. Ela queria ter a criança ali mais do que queria cuidar do bebê. Porque se tivesse realismo e consciência suficiente teria pensado "bom, se há risco de eu ou o bebê morrer, melhor fazer uma cesariana no hospital onde será mais seguro. Posso não realizar esse desejo, porém estarei viva com meu bebê e minha família".
    Uma das cenas que mais me surpreendeu e me fez aclamar a obra como uma amostra da realidade da vida foi a demontração da dor da perda vindo da mãe de Nagisa. A obra focava muito na dor do protagonista enquanto os pais dela (e principalmente a mãe) pareciam muito firmes e normais. E no momento qu o protagonista ouve o pai da noiva dizer a mãe que "agora você pode chorar" e a mãe cai aos prantos, é sensacional e um das (senão a mais) cenas tristes. Pela primeira vez vi em um anime abordando a dor dos pais pela perda de um filho.

    O anime é perfeito e adulto da primeira metade da segunda temporada até o penúltimo capítulo. Porque é dramático, realista, maduro. O final na minha opinião, ficou forçado, não precisava ser um comercial de margarina, volta no tempo e está tudo perfeito. A obra estava impecável por mostrar uma realidade da vida. Daí veio aquele final com base naquele "mundo alternativo da menina e o robô" e eu não gostei. Estragou um final que poderia mostrar uma "superação" devida, por mais dificil que fosse, um novo começo, com novas esperanças e caminhos.

    *fim dos spoilers *

    Eu recomendo CLANNAD exatamente da primeira metade da segunda temporada até o final. O resto acho que dá pra pessoa pular á fim de não assistir tantos capitulos maçantes (se não entender alguns pontos não acho que seja algo que afete tanto o que é realmente importante na história). Se eu chorei horrores com Angel Beats e Chono Crusade, com CLANNAD eu chorei mais. Porque foi algo realista, do cotidiano de tants pessoas, uma fatalidade que vemos muito, mas não notamos a profundidade daqueles que dela sofrem.
    Recomendo!

    E ainda aguardo, depois disso, um anime adulto e realista o bastante que mostre a dor das pessoas que perdem entes queridos por conta de doenças graves ou da violência humana.

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    1. Essa decisão do casal, de ir morar junto, também foi outra coisa que me fez cair o queixo. Sério, Tomoya e Nagisa sempre me pareceram um casal tão... real. Tão "gente como a gente". Eu me apaixonei pela história dos dois, em como eles vão crescendo e amadurecendo juntos. Também chorei horrores nessa cena que você comentou, da Sanae chorando nos braços do Akio, desabafando após anos tentando ser forte por causa da neta. Meu, fiquei com vontade de abraçá-la! E também chorei muuuuito (sério, quase alaguei a casa)na cena em que o Tomoya e a Ushio procuram o brinquedo perdido no milharal, e ela diz que está triste porque aquele presente foi "a primeira coisa do papai". Genteeee, aquilo escangalhou meu coração, fiquei com pena dela, com pena do Tomoya... foi forte. E as cenas dos dois abraçando os dangos de pelúcia da Nagisa, também... Ai... <3

      Da realidade alternativa com o robô e a menina eu também não gostei muito, pra falar a verdade, tanto que nem os citei aqui. E acho que aquele final "comercial de margarina" realmente não convenceu (apesar de que ver o Tomoya abraçando a Nagisa no último capítulo foi outra coisa que fez picadinho do meu coração). Mesmo com aquele final, a sensação da morte da Nagisa permaneceu. Poxa, ela realmente morreu, aquelas coisas todas realmente aconteceram, não tem como a gente simplesmente apagar da mente. Bom, mesmo assim, adorei o anime todo, e pretendo assistir de novo um dia. :)

      Beijinhos. :*

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  2. esse anime marcou pra krl,marcou mt mesmo,acho que nunca assitirei um melhor...

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  3. Caraca não tem nem explicação, fantástico do começo ao fim da 1 a 2 temporada e o ova...e eu pensando que a menina do universo alternativo era a nagisa...também chorei bastante.
    Nota 10 em tudo...

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  4. Não me emocionei nem um pouco, achei super chato aliás, a primeira temporada super entediante, a segunda melhora um pouco mas só um pouco mesmo, o episódio que eu mais gostei foi o Ova

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  5. alguém me explica aquela porra de mundo alernativo que fica aparecendo desde a primeira temporada ?

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