quinta-feira, 30 de maio de 2013

*Breve tour pelo meu Mundo*


Oiiiii, gente!
Semana curtinha, com feriadão (graças a Deus) e tempo não só para darmos nossas bandinhas com a turma, mas também para ficarmos em casa de pernas pro ar, de pijama e pantufas de joaninha, #MeuSonho.

Para fechar essa semaninha preguiçosa, decidi aderir uma modinha e também mostrar, assim como vários colegas da Blogosfera, o meu sarcófago museu laboratório caverna escritório cantinho particular, o lugar em que me abrigo pra que essa minha mente genial (ahém) tenha as excelentes ideias (cof, cof...) que tenho o prazer de compartilhar com vocês! \o/ Peço que não levem a mal as fotos tiradas com a minha câmera já meio capenga, e que se sintam a vontade. ;)


Esse é o lado de fora da minha porta...

... e esse é o lado de dentro! xD

Embora o meu quarto tenha um bom tamanho, eu tenho uma quantidade tão absurda de quinquilharias (e tudo grande! :P) que o espaço acaba se tornando pouco - então cada cantinho é aproveitado. Andei fazendo algumas mudanças recentemente, então agora meu cabide de bolsas fica aí,e as mochilas da Faculdade ficam penduradas na porta. Os desenhos foram feitos por mim, em momentos em que surtei e decidi tentar fazê-los de olho, usando fanart's encontrados na net como base. De longe, assim, até que eles são bonitos. Kkkkkkkkkkkkk.

Não reparem no estado da cômoda, ela já é uma senhora idosa.

Minha boneca que anda, e minha TV de última geração. LOL

A protagonista disso tudo.


Dando a volta a partir do lado esquerdo da porta (vai um mapa aí? xD), encontramos minha cômoda/penteadeira. É aqui que você encontra meus perfumes, hidratantes, esmaltes (na caixinha transparente), bijuterias (no gaveteiro vermelho), e alguns itens de make (no copinho verde em 3D, presente do BFF lindo. :D) Nas gavetas ainda tem mais makes, mais acessórios, produtos de higiene pessoal, e mais um monte de revistas. A minha televisão, ali na parede, é de 14 polegadas e de tubo, pelos simples fato de que dificilmente assisto TV, e não tenho a menor pressa de trocá-la, asuahsuahuauhsuasua me julguem u.u. E a escrivaninha vocês já conheciam, mas eu não quis deixá-la de fora. :)

Admirem minha criatividade para decorar móveis velhos. :9

Conseguem identificar todos os animes que estão aí?


Esse arquivo de metal era do meu papis, e - acreditem - coloquei ele aí por pura necessidade, já que precisava guardar vários badulaques da Facul, entre outras coisas. Só que achei o cinza meio enferrujado dele tão fora de eixo e "desconectado" do resto das coisas, que simplesmente não aguentei até comprar outra tinta e pintá-lo, então surtei e decorei ele do meu jeito: Páginas de revistas velhas (só com letrinhas, pra não rolar poluição visual), cola misturada com água, e uma camada de verniz por cima de tudo :D. O quadro do Twilight é da minha época de guria retardada fã, e o painel de animes também foi feito por euzinha. =)

Minha "pequena" cama.

A bonequinha de vestido branco é nada menos que minha vela de 15 anos. =D

Peças teatrais que a professora de Literatura recomendou. Édipo Rei é simplesmente foda. *.*

Essa cama box aí, king-size, divona e com colchão ortopédico (<3 <3 <3), foi presente da madrinha amada ^.^. O ursão cor-de-rosa tem 20 anos (ganhei do padrinho :D), e os vinis da parede são lááá da minha infância - acho que tem até um da Xuxa, aí. Err. A prateleira tem os meus livros, que já mostrei aqui, e o meu criado-mudo tá sempre cheio. O abajur também é antigo, e aquela coisa roxa ali no canto é a minha prancha de body-boarding, hihihi. xD

Meu mural e amor eterno.s2

 Xodozinho da mamãe.

 Esse mural aí é muuuuuuito especial pra mim. Além das fotos com amigos, primos e afins (algumas estão no plano de fundo do Blog), também tem uma com a minha tia que faleceu no ano passado, e uma homenagem de um jornal ao meu tio falecido em 2009, irmão mais velho do meu pai - ele tinha 5 graduações, era professor e pop, na cidade dele :). E meu Naruto de pelúcia foi comprado em um evento de Anime e vive caindo do espelho, mas eu amo ele do mesmo jeito. xD

Conhecendo esse meu "Mundo encantado", vocês provavelmente notaram duas coisas: 1) Adoro coisa velha e me apego nas minhas bugigangas. Tem um montão de coisa de quando eu era criança, e simplesmente não consigo me desfazer, então acabo aproveitando de algum jeito. 2) Embora eu costume me vestir mais de preto, na decoração do quarto a coisa muda de figura, né? Vale tudo, e o rosa e o vermelho dominam o ambiente, asuahsuahsuahushuashuahsuahsa!

É isso por hoje, espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais da minha, digamos, "vida em off", e não tenham se assustado tanto com a bagunça. :D

Beijinhos. :*

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Marian Keyes e as irmãs Walsh

Olá, meus lindos!
Como estão indo de semana? E o finde, como foi? O meu foi ótimo! Rolou a festa de aniversário do BFF, levei uma toalha do Dragon Ball pra ele (pirou, claro. xD) e foi divertidíssimo ver os meninos dançando Gloria Gaynor, auhsuahsuahushuasuausa! Além das coisas divertidas, o BFF aniversariante me derrubou tentando dançar algo parecido com Tango. Err. Ainda bem que nesse momento estávamos dentro de casa.

Ok, mas vamos ao assunto de hoje! Quem me acompanha a algum tempo sabe que eu tenho predileção por literatura de mistério, suspense, terror, fantasia e coisas do tipo. Mas existe uma escritora que me faz abrir uma exceção e encarar comédias românticas: É a irlandesa Marian Keyes, que há alguns anos atrás estourou com o livro Melancia e nunca mais parou. Keyes tem um estilo de comédia romântica sem ser muito meloso, mas sim escrachado e com muita pimenta, e foi através desse primeiro romance que nós conhecemos as lindas, malucas e divertidíssimas irmãs Walsh, além de seus pais meio neuróticos (e como não ser, tendo cinco filhas mulheres dentro de casa?). Já li todos os livros já traduzidos sobre essa família, e agora vou contar um pouquinho sobre cada um.


1. Melancia

Claire Walsh, a primogênita, acabou de ter um bebê e está feliz da vida com a pequena Kate nos braços, quando explode uma bomba: Seu marido, James, revela que estava tendo um caso com a vizinha - também casada - há mais de seis meses. Abandonada em plena maternidade, Claire volta para a casa dos pais e vive a depressão pós-parto juntamente com a dor de ter sido traída - passando os dias de pijama e com muita bebedeira - até que começa a melhorar e conhece o lindo Adam, colega de Faculdade de Hellen, a irmã caçula. Discussões a respeito de perdoar ou não perdoar uma traição, além das dificuldades de uma mulher se reconhecer como mãe e voltar a ter vida social após ter filhos fazem parte desse primeiro e delicioso romance, com um final "libertador" para muitas mulheres que vivem/viveram uma situação parecida.

2. Férias!

Rachel, a terceira filha do casal Walsh, mora em Nova York e tem um estilo que podemos chamar de "Vida Loka": Muitas festas com Brigit, a colega de apartamento, responsabilidade nenhuma em seu emprego e muito álcool e drogas, sempre acreditando que não é uma viciada. Quando começa a abusar a ponto de sofrer uma overdose e quase morrer, Rachel perde o namorado, Luke, e é levada praticamente a força pela família para uma Clínica de Reabilitação, que ela pensa ser como um SPA - mas se engana redondamente, pois a rotina do local é duríssima. Aqui, além da dependência química, também vemos as fragilidades e dificuldades das relações familiares, ciúme entre irmãs, e uma mensagem do quanto as drogas atrapalham a vida de uma pessoa, já que a pobre Rachel precisa recomeçar tudo do zero, depois de se curar. Um dos mais divertidos da série.

3. Los Angeles

Margareth, também conhecida como Maggie, é a segunda filha e totalmente oposta às irmãs - enquanto Claire, Rachel, Anna e Hellen tiveram uma juventude cheia de farra e "pulando de cama em cama", como a própria personagem definiu, ela faz o tipo certinha, que se casou bem  jovem com o primeiro namorado e vive uma vida pacata e caseira. Quando diversos problemas se abatem sobre seu casamento e toda a sua vida profissional e pessoal, Maggie joga tudo para o alto e vai passar uns tempos com Emily, sua melhor amiga de infância que é roteirista de cinema e vive uma vida tão glamourosa quanto trabalhosa em Los Angeles. Livre, nossa heroína anseia por experimentar tudo que não aproveitou na adolescência e se diverte loucamente, tanto indo à festas cheias de gente famosa e afetada, quanto tendo sua primeira (e provavelmente única) experiência homossexual. Falando de um jeito leve e humano sobre as situações difíceis que Maggie enfrentou, essa história surpreende ao mostrar que até a mais boazinha da família pode ser muito interessante.

4.Tem Alguém Aí?

Embora seja tão leve e arranque tantas gargalhadas quanto os outros da série, esse romance é sem sombra de dúvidas o mais comovente de todos. Bem mais à frente no tempo que seus antecessores, a história mostra a quarta filha, a hippie doce e maluquinha Anna, já mais velha, madura e trabalhando em um emprego dos sonhos em Nova York, quando uma desgraça se abate sobre sua vida: um trágico acidente de trânsito mata Aidan, seu marido e grande amor. O início não deixa claro o que realmente está acontecendo com a moça, e o motivo de seu sofrimento - ou seja, a viuvez recente - só é revelado no final da primeira parte. Fiquei chocada e extremamente condoída com a dor da Anna, pois já havia me acostumado com as adoráveis maluquices dela nos livros das irmãs e jamais imaginei a menina em uma situação tão difícil. Essa história tem momentos engraçados de Anna tentando interagir com os amigos sem seu companheiro, se sentindo sozinha no apartamento do casal e, também discute o papel da família em um momento de tanta dor para um de seus membros. História linda e com uma mensagem de otimismo, prepare-se parar rir muito - e chorar, também.




E a Hellen?

Como fã de carteirinha da Família Walsh, assim que terminei o livro da Anna fui imediatamente em busca do narrado pela irmã caçula - a linda, sensual, sarcástica e surtada Hellen. Para minha infelicidade, descobri que o livro já foi lançado, mas ainda não chegou ao Brasil: A história se chama The Mystery of Mercy Close e provavelmente é o último da série. Pelo pouco que li sobre ele por aí, mostra a Hellen já mais velha, bem sucedida com sua agência de detetives (sim) e às voltas com um caso de desaparecimento e um amor do passado que volta à sua vida. Essa é a capa que vêm sendo divulgada:

Bem diferente das outras, né?

Ler esses livros da Marian valem muito a pena, mesmo para quem não é chegado em comédias românticas. Além de serem uma excelente fonte de inspiração para quem gosta de escrever, como eu, suas heroínas estão longe de serem mulheres perfeitas, muito pelo contrário: elas são cheias de dúvidas e defeitos, têm uma família tão confusa quanto qualquer família grande, e enfrentam barras que podem ser enfrentadas por qualquer um de nós. É isso que as torna tão humanas e nos dá a sensação de conhecê-las de verdade. É impossível não rir junto, chorar junto e torcer por elas. Se jogue também nas aventuras das irmãs Walsh! ;)


PS: Alguém aí notou a barrinha "Me Encontre", lá em cima? Lá estão os links para que você, leitor que caiu de pára-quedas aqui no Blog enquanto procurava alguma outra coisa (ahém) possa me conhecer melhor. E se você já me segue aqui, mas ainda não me tem nas outras redes sociais, também sinta-se à vontade para me adicionar/seguir. Vai lá, eu juro que sou legal! \o/

Beijinhos. :*

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Filme: Ensaio Sobre a Cegueira

Olá, povo! Que tal meu novo plano de fundo? =)
Pois é, sumi por duas semanas, mas tenho uma justificativa: Sexta feira passada foi meu aniversário, e completei 60 22 aninhos (todos: "êêêêhhhh!!!"). Como a última semana foi de correria e comemorações com família, amigos e afins, não tive tempo de escrever um post legal. Mas hoje voltei, e cá estou eu! :D (ah, vá!).

Hoje nosso assunto vai ser cinema! Assisti Ensaio Sobre a Cegueira a cerca de um mês atrás, e simplesmente me apaixonei por ele. Na minha opinião, é o tipo de filme que TODO MUNDO precisa assistir.





Baseado no livro de José Saramago e produzido por Japão, Brasil e Canadá em 2008, a direção é do brasileiro Fernando Meirelles - mas juro que não falo bem do filme pra puxar a sardinha. Eu já havia lido resenhas dele em outros Blogs, a maioria elogiando, e fiquei curiosa pra assistir. Foi um dos melhores que eu já vi.

Em um belo dia, um homem (Yusuke Iseya) dirige tranquilamente seu carro, e é atingido por uma cegueira súbita e inexplicável - e diferente da cegueira comum, essa é toda branca, como se uma névoa estivesse diante de seus olhos. E uma a uma, cada pessoa que tem contato com essa primeira vítima fica da mesma maneira, desde (bem feito) o homem que roubou seu carro (Don McKellar) até o médico que o atende (Mark Ruffalo). Não espere explicações sobre a "doença", pois o foco é outro: A maneira como a humanidade se comporta diante de uma catástrofe como essa.

Com o problema aumentando a cada dia, o governo (que, assim como no livro do Saramago, não deixa claro em nenhum momento o local em que a história se passa) decide colocar as vítimas em quarentena em uma espécie de Albergue - e lá eles recebem comida, água e tudo limitado, tendo que se virar. A esposa do médico (Mark), vivida pela Julianne Moore, é a única que não é atingida pela cegueira - mas decide se fingir de cega, a fim de ficar perto do marido e ajudar as outras vítimas. É isso que ela faz. A personagem da Julianne - que assim como todos os outros, "não tem" um nome - é forte e admirável. É impossível não imaginar o desespero, estando no lugar dela.

O filme é o que podemos chamar de "claustrofóbico". É como um terror sem sustos, em que o nosso medo está em visualizar o quanto somos/seríamos vulneráveis. Quer dizer, o que nos garante que algo do tipo não vai realmente acontecer conosco? Aí fiquei com dificuldades de saber o que seria pior: Ser um dos cegos (Além dos já mencionados, tem a Alice Braga, o Danny Glover, o Gael García Bernal, e mais uma porrada), ou ser a Julianne, que mistura sentimentos de "culpa" por ser a única saudável e ao mesmo tempo se sente a responsável por todos eles.

Aliás, só essa premissa já daria muito história, mas a obra tambem trás um vilão - e um vilão detestável. (Atenção: SPOILERS) Gael García Bernal, insano e extremamente ruim, se auto declara líder de um dos grupos do Albergue, e decide racionar provisões para o restante dos doentes. Em uma das passagens mais aterrorizantes do filme, mostra o lado mais sujo do homem: Avisa que só vai liberar os mantimentos para o restante, se eles "cederem suas mulheres". Além da nojenta situação de ver as mulheres sendo tratadas como objetos, dá pra passar mal assistindo a cena de estupro coletivo, pelo simples fato de que sabemos que é exatamente isso que aconteceria com a gente. Horrível. Mas o personagem do Gael têm seu merecido castigo, e vindo das mãos certas - a cena de sua morte é de vibrar, por mais cruel que isso soe.

Ensaio sobre a cegueira é tão forte quanto belo e comovente, e além da tensão que acompanha toda a história, traz cenas lindas e poéticas, principalmente no final. Escrever sobre esse filme se torna difícil, pois absolutamente nada nele é descartável, e corro o risco de contar ele todo aqui (#ALoka). Mas recomendo que o assistam, pois é uma história para ser vista e revista. Também estou atrás do livro, e recomendo que, quem conseguir o DVD, assista o mini-documentário sobre o filme que está nos extras. Além de ser muito legal ver os bastidores, é emocionante ver os momentos entre o diretor Fernando Meirelles e o autor José Saramago. Lindo.