segunda-feira, 20 de agosto de 2012

*Amor de Protagonista*

Oi!!!!
Gente, tô  com um bloqueio criativo terrível ultimamente. Sério, fiz um esforço descomunal pra escrever hoje, porque nos últimos dias tenho prestado só pro Twitter e pro Flickr, de tão oca que anda minha cabeça. Err. Bom, como Naruto é algo que sempre me dá assunto (xD), optei por focar no loirinho e falar do triângulo amoroso que o envolve. Ou seria um quadrado?

A vida amorosa do Naruto é algo que rende muuuuuuita discussão entre os fãs. Não que ele seja um pegador - na verdade é totalmente o contrário, ele tem 16, 17 anos, e só deu dois beijos na vida (e acho que um nem conta). E antes que os posers venham chamar o Naruto de bicha, lerdo, etc., entendam uma coisa: A história é japonesa. Pesquise o comportamento dos japoneses, e vocês verão que a maioria deles tem um jeito reservado, tranquilo e monogâmico no amor, bem diferente da baderna que é aqui no Brasil. Além do mais, estamos falando de um anime/mangá shonem, que se passa na Era Ninja, e não de temporadas de Malhação e Rebelde. Então relaxem, ok?

Isso não significa que a história não tenha romance. Ela tem, e muuuito, pra quem enxerga além do lado hentai das coisas. A queridinha da maior parte dos fãs para ganhar o protagonista é a Hinata, a moreninha abaixo:





 Ela não é protagonista, mas vem roubando a cena desde a fase Clássica, quando tinha pouquíssimo destaque. Gentil, tímida e bondosa, ela sempre foi diferente das outras meninas do anime, insegura e muito retraída, principalmente diante de Naruto, que desde a infância é alvo de seu amor. Na fase Shippuden, ela apareceu mais madura e linda, deixando os fãs de queixo caído - principalmente os garotos, que às vezes parecem ter até fetiche com ela (hehe). Bom, Hinata é sem sombra de dúvida a única merecedora do amor do Naruto. Mas como a vida não é justa nem na ficção, ele nunca deu muita atenção a ela. Mesmo tratando-a com carinho e reconhecendo o quanto ela mudou, ele ainda não demonstrou algo que de fato pareça mais do que amizade. Mas também tem um porém: Eles estão no meio de uma guerra, né? Não dá pra, depois de anos gostando da Sarakura, ops, Sakura, ele se revelar apaixonado pela Hinatinha. Não convenceria. Sem contar que a Hyuuga quase morreu para salvá-lo e declarou amá-lo, algo que ele nem desconfiava (tá, ele é meio lerdo sim. ¬¬). Acho que qualquer garoto de 16 anos ficaria meio assustado com tamanha prova de amor, não?

Bom, em relação a NaruHina, eu fico com dois corações. Por mais que eu ache um casal lindo demais, não dá pra ignorar que o Naruto gosta da Sakura, e que a Hinata tem o Neji na fila por ela. E a história dela com o Neji é tão complexa, tão incrível e ao mesmo tempo tão óbvia pra quem souber observar, que acho até um desperdício que NejiHina não aconteça. Ainda farei um post só sobre isso.


Em segundo lugar na fila para os fãs e em primeiro para o Naruto, vem a rosadinha abaixo:


Sakura é a protagonista feminina da saga e, além do triângulo com Hinata, forma outro triângulo com o protagonista Naruto e o anti-herói Sasuke. E, como eu já comentei em outro post, tenho uma relação de amor e ódio com ela. Não tenho raiva da Sarakura Sakura a ponto de torcer pra que ela se dê mal, mas também não tenho por ela nem de longe o amor que tenho por Hinata, Temari e Konan. A verdade é que Sakura é uma personagem extremamente humana. Ela é corajosa, forte, determinada e tem um grande caráter, mas também faz muitas burrices, dá valor a quem não a merece e magoa quem a ama de verdade. Nada muito diferente das adolescentes reais, não é mesmo?

Naruto ama Sakura desde a infância. E Sakura ama Sasuke desde a mesma época. E ela ama mesmo, não é um simples  "estar a fim dele", como a Ino. Mas na fase Shippuden ela já demonstrou várias vezes que está começando a notar o loirinho. A questão é: Será que ela consegue admitir isso para ele, ou até para si mesma, depois de tê-lo desprezado tanto? O fato é que, mesmo não sendo tão amada no mundo quanto a Hinata, ela tem tantas chances de ficar com o Naruto no final quanto a morena, ou até mais.


Eu disse que o triângulo também podia ser um quadrado né? Pois é.




Pelo amor de Kami-sama, não me matem. Devem estar pensando: "Ela diz que chamar o Naruto de bicha é coisa de poser, e agora vem com essa?". Mas gente, no caso de Naruto e Sasuke, não existe romance, mas sim algumas coisas que confundem a maioria dos fãs. A relação entre os dois é a mais complexa da saga, cheia de entrelinhas. E é cativante. Só quem lê/assiste consegue entender o que quero dizer. É aquele tipo de amizade misturada a rivalidade, relação de cão e gato o tempo todo, mas que mesmo assim não acaba de jeito nenhum. Quando o Sasuke foi embora de Konoha, ainda com 12 anos, ficou claro que ele precisou ir porque seus sentimentos em relação a Naruto e Sakura estavam ficando cada vez mais fortes, e ele optou por partir antes que isso atrapalhasse seus objetivos de vingança. Foi egoísta e frio da parte dele, mas ele podia ter matado o Naruto para adquirir mais poder (assim como Itachi fez com Shisui) e não o matou, lembram? Fora que em algumas cenas deles juntos, tanto em brigas quanto em tréguas, eu me flagrei pensando: "Que bichisse esses dois" (que feio, Letícia).

Se pode acontecer SasuNaru? Hummm... Se acontecesse me surpreenderia - não pelo casal em si, que às vezes parece até explícito, mas sim pela doideira do Kishimoto. Sim, doideira, porque com a cultura conservadora do Japão, juntar Sasuke e Naruto seria uma ousadia tão grande quanto juntar Kakashi e Sakura (que aliás, é um shipper que eu adoro xD), até maior. Bom, a despeito de tudo o que escrevi aqui, ainda acho que o final mais aceito pela maioria dos fãs seria o tradicional e óbvio: Naruto com Hinata e Sasuke com Sakura. Mas se isso vai acontecer mesmo, é um enigma. Só Deus e o Tio Kishi sabem. Ou não.

                                     É bonitinho, mas será que rola?


Beijos. :*



domingo, 12 de agosto de 2012

*Dia dos Pais*


Provavelmente, ele mal entendia o que estava acontecendo. Sua mãe tinha enjôos, vivia chorando e tinha desejos de comidas estranhas no meio da noite. Até que ele ouviu seu coração pela primeira vez, e se emocionou junto com ela. Ele passou por vários sustos enquanto te esperava, e provavelmente se atrapalhava mais do que ela quando isso acontecia. E quando te teve nos braços pela primeira vez, ele finalmente se deu conta do que tinha nas mãos.






Ele foi coadjuvante da sua mãe na maior parte do tempo. Ficou relegado à tarefa de te fazer arrotar e te segurar apenas quando sua mãe estava no banho e não podia monopolizá-lo. E quando você começou a crescer, a dar os primeiros passos, ele se emocionou tanto quanto ela, mas limitou-se a esconder as lágrimas teimosas e sorrir. E no seu primeiro dia de aula, ele sofreu, mas se manteve firme, mesmo com uma vontade imensa de te levar de volta pra casa. Você cresceu e começou a ir a festas. Ele te buscava 5 minutos antes do horário marcado e, discretamente, checava se você tinha cheiro de drogas ou bebidas. Se você for menino, preservativos apareciam magicamente na sua carteira. Se for menina, ele regulava o tamanho da sua saia, e encarava seus amigos meninos.







Você cresceu e começou a namorar. Ele era mais discreto que a sua mãe, mas também estava de olho. Se a pessoa era legal, teve que "rebolar" muito pra conquistar a confiança dele. Se a pessoa não foi legal com você, virou o pior inimigo dele. Passou no vestibular? Pode ter certeza, ele contou para todos os amigos dele. Decidiu se casar? Ele não curtiu muito a idéia, mas respeitou e apoiou. Quando você arranjou seu primeiro emprego, ele achou que seu patrão estava te explorando e virou uma fera. Disse que você não precisava passar por isso. Mas, em conversas, ele dizia, orgulhosamente: "-Meu(a) filho(a) está trabalhando."




Ele vive se lembrando de quando você era criança. E, mesmo se ele não fizer o tipo saudosista, ele sente falta disso. Sente falta de ser seu herói, de ser imitado por você, e de receber seus trabalhos de escola. Ele sorri ao lembrar que adorava bancar o severo com você, mas nunca te deu uma palmada sequer. Ele sente que está envelhecendo, e tem medo de faltar a você. Mesmo que você já seja adulto(a) e já tenha até lhe dado netos, ele sempre vai ter medo disso. Se você for casado(a), ele não vai se meter nas brigas mas, em conversas secretas com sua mãe, ele vai dar um jeito de te defender, mesmo que a culpa seja inteiramente sua. Se você for traído(a) ou trocado(a), ele vai achar o maior absurdo do mundo, e vai sentir vontade de matar seu conjuge. Mas vai se controlar, e limitar-se a conversar com você e lhe dar apoio.





Se você for magoado por alguém, ele vai sentir a dor como ser fosse nele. Se você magoar alguém, ele vai se culpar por isso. Se você deixar uma conta em atraso e tiver problemas por isso, ele vai se culpar de novo - e mais uma vez, não interessa se você tem 10, 18 ou 40 anos. Ele vai analisar secretamente seu comportamento, e vai tentar lembrar onde errou e onde acertou. E ele vai dar bronca em você se for preciso. E mesmo quando estiver velhinho, ele vai manter o orgulho e continuar independente. Ele não quer atrapalhar você. Ele sente que já fez a parte dele, e que não pode ser um estorvo na sua vida. Mal sabe ele que, eternamente, você vai precisar dele, e vai chorar de saudade dele. Mal sabe ele que você morre de medo da despedida.








Acima de todas as coisas, ele ama você. Ele é uma das duas únicas pessoas que tiraria o próprio coração do peito para lhe dar, se você precisasse disso para sobreviver. Mesmo com todos os seus defeitos. Mesmo com todas as vezes em que você foi injusto(a) com ele. Mesmo que ele não fique o tempo todo te abraçando e se declarando como a sua mãe, você é a pessoa mais importante na vida dele. E você sabe disso. Ele não precisa dizer, nem provar. Você sabe que ele está ali. Afinal, ele é o seu pai. O primeiro super herói de um menino, e o primeiro amor da vida de uma menina. Ele é simplesmente e absurdamente importante, de um jeito que chega a doer, não é mesmo? E quem dera se, por um descuido, Deus lhe fizesse eterno.

Um feliz dia dos pais para todos os papais do mundo. Principalmente, para o meu. :)


Beijos. :*

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Livro: Carrie, A Estranha

Boa noite!!!
Gente, tô meio pra baixo essa semana, tendo umas crises de emisse constantemente, e nem vontade de ouvir música tô sentindo. E olha que eu não passo sem música! Mas, enfim... Isso é normal pra quem é bipolar, e passa logo.
Bom, eu pensei em fazer mais um post Narutard, mas preferi algo diferente e hoje vou falar do livro que terminei de ler essa semana: Carrie, A Estranha, do mestre Stephen King.



Eu vi o filme do Brian de Palma quando tinha uns 12 anos, nem me lembro direito (inclusive fiquei surpresa ao ler em uma resenha que o John Travolta fez o Billy Nolan, eu não me lembrava disso de jeito nenhum. :P), mas só fui ler o livro agora, porque fui em uma livraria e ele pareceu gritar pra mim da prateleira (esquizofrênica mode on). Enfim, foi o primeiro romance de sucesso do Stephen King, e permance como exemplo de narrativa de terror chocante e inovadora.

A jovem Carrieta White, conhecida como Carrie, é uma garota solitária e reprimida pela mãe Margareth White, uma fanática religiosa que cria a filha fazendo-a pensar que tudo é pecaminoso. Para se ter uma idéia, Margareth só tem banheira em casa, porque considera chuveiros pecaminosos (!), chama os seios femininos de travesseirosimundos (exatamente assim) e, a cada coisa que Carrie faça que ela considere "do Diabo" (tipo, menstruar o.O), ela tranca a menina em um armário pequeno cheio de quadros religiosos, e a obriga a ficar lá ajoelhada rezando por várias horas seguidas (dá uma vontade louca de estrangular essa mulher). Com tudo isso, a protagonista é uma adolescente isolada de tudo e de todos, não tem amigos, sofre bullyng constantemente e não conhece absolutamente nada do próprio corpo, a ponto de achar que está morrendo de hemorragia ao ter sua primeira menstruação.

O que poucos sabem sobre Carrie é que ela não é uma simples garota desasjustada: Ela tem poderes telecinéticos (move objetos com o poder da mente), e o ódio que guarda dentro de si faz com que essa capacidade cresça cada vez mais. O estopim para isso é na primeira parte, quando acontece a citada primeira menstruação. No vestiário com as colegas de aula, Carrie tem a menarca durante o banho (tardiamente, ela já tem 16 anos) e, sem noção do que está acontecendo, ela grita e chora, acreditando que sangrará até a morte. Cruéis, suas colegas, lideradas pela vilãzinha Cristhine Hargensen, riem dela, a insultam e a "bombardeiam" jogando absorventes internos nela. Após a agressão, as garotas são suspensas e, como castigo maior, proibidas de irem ao baile da escola, que obviamente era de suma importância para todas.

Sue Snell, uma das meninas que agrediram Carrie, mostra boa índole apesar de tudo e, arrependida do que fez, tenta se redimir ajudando a vítima a se enturmar e viver um pouco. Para isso, ela convence o próprio namorado, Tommy Ross, a convidar Carrie para ser sua acompanhante no baile. Ele aceita e logo faz o convite à menina que, mesmo relutante, não resiste à idéia de conhecer aquele universo adolescente que sempre lhe foi tão distante. O que Carrie, Tommy e Sue não sabiam é que, inconformada por não poder ir ao baile, Cris Hargensen culpou Carrie e, acompanhada do namorado, o mau-cárater Billy Nolan, preparou uma humilhação muito maior para a garota, que aconteceu durante o baile. E é por causa dessa humilhação que os poderes de Carrie explodem com toda a força, fazendo-a se vingar de todos que a humilharam, aterrorizando toda a cidade e provando que, de fato, é uma garota estranha.

Algumas curiosidades sobre o livro: Stephen King se inspirou em duas colegas dos tempos de escola para criar a protagonista, ambas desajustadas e perseguidas. Escreveu a história e detestou o resultado final, optando por jogá-lo no lixo, porém sua esposa encontrou, leu e, encantada com a obra, o convenceu a levá-la a um editor. O romance fez um enorme sucesso e transformou o escritor anônimo em rico e famoso. Outra curiosidade é que, considerado "cru" e "com poder impressionante de machucar e horrorizar", o livro foi banido de várias escolas estadunidenses.

Abaixo uma foto do cartaz do remake do filme, dirigido por Kimberly Peirce e protagonizado pela Chloe Grace Moretz (mas não tenho a menor idéia de quando será lançado ><):






Mais do que uma obra de terror, Carrie, A Estranha é uma obra de drama, tristeza e vingança que, mais do que assustar, comove e revolta. Excelente pra quem gosta do suspense realista, sem pataquada de vampiros, demônios, zumbis,  pôneis voadores, ou o que for. Simplesmente trágico e surpreendente.

Beijos. :*