sábado, 5 de abril de 2014

Rock Star: Kurt Cobain

Bom dia, gente! A pessoa que vos escreve está cansada e curtindo uma ressaca daquelas, já que ontem eu e o gatinho fomos jantar sushi, e depois nos acabamos em um show de rock em um pub de Porto Alegre.Cheguei em casa quase às sete de manhã e não consegui dormir muito, mas não há dia melhor que hoje para inaugurar essa nova sessão. :)

Quem me acompanha sabe que sou uma grande fã do Kurt Cobain, apesar de ele ter ido embora quando eu ainda tinha 2 anos de idade. À medida em que cresci, conheci o trabalho do Nirvana e fiquei cada vez mais interessada em conhecer a história por trás daquele rapaz de rosto angelical e olhos tão tristes. É sobre ele que vou escrever agora.


Kurt Donald Cobain nasceu em Aberdeen, Washington, no dia 20 de fevereiro de 1967. Teve uma infância feliz, vivendo ao lado do pai, Don, da mãe, Wendy, e da irmãzinha mais nova, Kimberly. E então seus pais se divorciaram, e aquela criança nunca mais foi a mesma. A partir dali, Kurt já começou a dar sinais de sua mente perturbada e depressiva.

Estou lendo o livro Mais pesado que o céu: Uma biografia de Kurt Cobain (editora Globo), do jornalista Charles R. Cross. Fãs, leiam essa biografia, ela é maravilhosa! Além de nós contar o que já sabemos, o livro é uma verdadeira viagem a uma época não tão distante, porém marcante na vida do Kurt - sua infância, sua adolescência de "garoto gênio e problema", a paixão pela música, as agruras pelas quais o Nirvana passou, antes do sucesso absoluto... é um prato cheio!


Kurt é descrito como uma criança extremamente criativa - incentivado pela avó Iris, ele desenvolveu seu talento para o desenho e seu quarto parecia um estúdio de arte, com lindos desenhos de seus super-heróis favoritos e também de personagens da Disney, como Mickey Mouse, Pluto e Pato Donald. Na adolescência, desenvolveu o gosto pela música e aprendeu a tocar guitarra - sua irmã Kim diz que, em uma época, ele era capaz de ouvir uma música uma única vez e tocá-la em seguida. De personalidade difícil, não se entendia com os pais (o pai se casou de novo com uma mulher que era boa para Kurt, mas ele não conseguia deixar o ressentimento de lado ; já a mãe entrou em um ciclo de arranjar namorados problemáticos, que a agrediam e perturbavam seus filhos) e passou uma época de sua vida pulando de galho em galho, morando um pouco com familiares e um pouco com parentes. Ao começar a namorar Tracy Marander, encontrou uma grande companheira que não só dividia o apartamento com ele, como segurava as despesas durante as vacas magras e o dava total apoio na formação e divulgação da banda. O relacionamento durou cerca de três anos, e durante um tempo Kurt namorou Tobi Vail, da banda Riot Grrrl Bikini Kill. Conheceu Courtney Love em janeiro de 1990, com quem posteriormente se casaria.



Foi com o álbum Nevermind, de 1991, que o Nirvana finalmente entrou para o topo das paradas. Kurt começou aí a luta para manter as raízes underground de sua música: suas letras tinham cunho político e ele era um oponente vocal do sexismo, do racismo e da homofobia (Nota: isso só me faz amá-lo ainda mais ^.^) e se ressentia de quem se dizia fã, mas não reconhecia/entendia essa visão. Kurt sentia-se perseguido pela mídia e, como todos sabem, abusava das drogas. Sua filha, Frances Bean Cobain, nasceu em 18 de agosto de 1992.


Em 25 de março de 1994, foi organizada uma intervenção no uso de drogas de Kurt, com participação de dez pessoas, incluindo os amigos mais próximos de Kurt. Resistente no início, Kurt chegou a se trancar em seu quarto, recusando-se a ir para a clínica de desintoxicação - mas até o final do dia finalmente concordou. Em 30 de março foi internado em Los Angeles, onde não ficou muito tempo: Logo escapou da clínica, e durante os dias 2 e 3 de abril foi visto  em vários lugares de Seattle. Durante o voo para lá, sentou-se ao lado de Duff McKagan, então baixista do Guns N'Roses. A despeito da animosidade entre Kurt e Axl Rose, Duff disse que Kurt pareceu feliz em vê-lo, mas que ainda assim ele sentiu "com todos os seus instintos que algo estava errado".

Kurt morreria em 5 de abril, aos 27 anos, após disparar um rifle contra si mesmo. Em sua carta de suicídio, a frase: "Eu não tenho sentido a excitação de ouvir, bem como criar música, junto com realmente escrito... por muitos anos agora."




É muito difícil resumir em um texto simples a vida e todas as motivações para uma pessoa fazer algo tão drástico. Tão pouco quero justificar um suicídio, independente do meu amor pela pessoa que o cometeu. O fato é que Kurt era uma pessoa psicologicamente doente e muito triste, independente de seu uso de drogas e problemas familiares. Vejo ele como uma pessoa extremamente inteligente, inquieta, com muita vontade e força de fazer algo novo, de abrir a mente das pessoas, de realmente fazer a diferença - mas ao mesmo tempo sentindo que não havia lugar para ele no mundo. Sendo pretensiosa, porém franca, devo dizer que me identifico com ele, e o entendo. Sua tristeza fazia com que Kurt sentisse carregar o peso de um mundo inteiro em cima dos ombros e, mesmo amando loucamente sua filha, sua mulher e sua banda, ele também nunca se achava bom o bastante, e sentia que nunca poderia ser realmente feliz.

Com tristeza, digo do fundo do meu coração que Kurt e eu poderíamos ter sido grandes amigos.



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